O meu 2016 foi um ano meio ruim pra mim. meio porque eu não sou muito de reclamar porque aqui a gente faz, aqui a gente paga. E carma é uma super bitch disfarçada de “tempos difíceis”. Ainda assim, 2016 foi uma grande aventura porque trouxe o crescimento que eu estava buscando e uma viagem à Itália – nada mal, né? 😀
Os últimos 365 dias foram os dias que aprendi a viver um de cada vez. O meu 2015 foi meio parado, e o 2016 foi um pouco mais. Passei 6 meses em casa, fiz parte do grupo de 11 milhões de brasileiros desempregados, minha sorte é que não tenho filhos e posso contar com a mão amiga dos meus pais. A gente reclama que tem que acordar cedo pra trabalhar, que pega ônibus lotado, engarrafamento, chefe chato e afins, mas experimentem ficar de molho em casa sem ter o que fazer. Aí sim, você vai ter do que reclamar. Nem as tarefas de casa tipo lavar um banheiro e faxinar a cozinha de cabo a rabo são suficientes para preencher o vazio que é não ter mais a rotina que você estava acostumado. Aí você diz: Mas e o Netflix? Netflix também enjoa. E o celular? Não tem apps e joguinhos suficientes que te façam feliz. Olha que até aprendi a fazer umas sobremesas “daora”- pena que não deram certo. Você tenta de alguma forma ser otimista mas é meio tenso, e não dá.
E o fato de você ficar em casa parado sem ganhar dinheiro te faz repensar várias coisas. Sempre fui/sou consumista, comprava mesmo e às vezes coisas que nem precisava. E como já dizia a Beyoncé: “Diva is getting money if you ain’t getting money than you ain’t nothing for me.” E foi aí que eu saí vendendo tudo que eu tinha e não queria mais. Fiz a limpa no meu closet e lucrei uns dinheiros, eu precisava pagar minha Netflix, minha Net, minha Vivo que são essenciais para sobrevivência de um ser humaninho como eu. E foi aí que eu vi que eu não precisava de tudo aquilo, muito das minhas “brusinhas”e vestidos eram coisas que eu tinha e já tinha muito tempo que não usava, o mesmo vale para os sapatinhos, para uns creme de cabelo, umas Mary Kays da vida e alguns eletrônicos. Um novo amor para desapegar é o OLX e o Enjoei.com.br – ô coisa maravilhosa.
E quando o bicho pega, de quem que a gente lembra mesmo? DELE, né? E todas essas dificuldades me fizeram reconectar com minha fé e haja promessa. O que também me fez ver que de fato sem nossa fé nós não somos nada, e que todos os dias eu deveria tirar pelo menos uns 5 minutos para um chat com Ele, coisa rápida.
Brincadeiras a parte, essas 8.760 horas que eu levei um choque de realidade me fez refletir sobre tudo o que fiz nos meus 20’s e que me fez ter mais empatia pelo meu próximo. As vezes a gente dá valor para coisas erradas, fúteis na verdade e esquecemos que sempre tem alguém mais necessitado que a gente. E viver com menos é sim possível seja por necessidade ou por vontade própria. E acreditem, tudo acontece na hora certa. Passados os dias de tensão, apreensão, entrevistas de empregos fail – assunto para outro post – de grana apertada, de maratonas de séries e afins meu 2016 terminou de uma maneira calma, GRAÇAS A DEUS! A verdade mesmo é que as adversidades estão aí para serem vencidas, na cara e na coragem. E viver um dia de cada vez foi o melhor conselho que me deram, e fica essa dica para você também.
Minhas resoluções para 2017 são:
- Viver um dia de cada vez.
- Ajudar o próximo.
- Não gastar tanto.
- Trabalhar mas não viver para o emprego.
- Tirar minha carteira de motorista.
Feliz 2017!!!
Fotos: reprodução